PROJETO DE INTERVENÇÃO NA UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA –

Este trabalho tem como objetivo trabalhar com a relação entre a educação racial e a Educação em Direitos Humanos. O principal tema deste projeto é trabalhar a afrodescendência e a relação deste tema, que precisa ser trabalhado e pretende ser trabalhado sob o contexto de uma população bastante miscigenada e com muitas raízes negras e africanas, com os direitos humanos. Por fim, possui como objetivo inserir o antirracismo nas escolas, respeitando os direitos humanos e os direitos e garantias estabelecidos na Constituição Brasileira, como os princípios de não intervenção e a possibilidade de educação para todos. É possível ver, nas escolas e na sociedade de hoje, os diversos racismos sendo manifestados em todas as formas: com a negligência de estudos sobre a história da África, por exemplo; o preconceito com pessoas negras em todas as esferas sociais e políticas, tendo pouquíssimas pessoas negras nos ambientes de representação pública (Executivo, Legislativo, Judiciário) e privada (Conselhos decisórios de empresas); com preconceitos e intolerância às religiões afro-brasileiras como o Candomblé e a Umbanda, dentre vários outros tipos de racismo e apagamento das raízes negras dos brasileiros. Sendo assim, o trabalho realizará uma revisão bibliográfica das principais fontes e autores que tratam do assunto, procurando, a partir dessa revisão, criar uma proposta de intervenção nas escolas estaduais e municipais, visando trazer conhecimentos importantes sobre a cultura afro-brasileira, sua história e a necessidade de ensinar tal conteúdo. Tal intervenção deve ter efeito mais prático, trazendo novos métodos de ensinar conteúdos para além da clássica aula expositiva, com o objetivo de imergir os alunos em novo conhecimento sobre sua ancestralidade, seu pertencimento e sua necessidade de entender um universo para além do que estamos historicamente habituados a conhecer.… Leia mais PROJETO DE INTERVENÇÃO NA UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA –

PARA ALÉM DA INCLUSÃO: ESTRATÉGIAS DE PERMANÊNCIA E AS CENSÃO DE PROFISSIONAIS NEGROS NO MUNDO DO TRABALHO

Atualmente estamos vivenciando um cenário mundial, importante destacar, proveniente das reivindicações dos movimentos sociais, que vem contribuindo diretamente para a  visibilidade da Questão Racial, incluída como uma das prioridades na pauta na construção de políticas públicas no Brasil. Estamos na década dos afrodescendentes (2015-2024),  calendário estabelecido pela ONU, fruto de lutas dos movimentos negros e consequência de  acordos internacionais, como o Declaração e Programa de Ação de Durban (2001)e da Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial pela UNESCO. Entretanto, apesar dos avanços persiste uma grande desigualdade salarial e está desigualdade salarial entre brancos e negros representam um prejuízo anual de R$ 808, 83 bilhões. O Brasil negro seria o 11º país do mundo em população, e seria o 17º em consume. Os negros são mais mal remunerados que os demais brasileiros. As mulheres negras têm a menor renda entre as trabalhadoras com ensino superior. Representatividade negra se inverte conforme cresce o nível hierárquico. Representatividade de mulheres e negros nas empresas é muito baixa. Ainda temos muito a avançar, mas vivemos um cenário em que pessoas negras conquistaram o direito ser incluída no mercado de trabalho, mas ainda precisamos avançar em estratégias de permanência e ascensão de pessoas negras dentro do mercado de trabalho.… Leia mais PARA ALÉM DA INCLUSÃO: ESTRATÉGIAS DE PERMANÊNCIA E AS CENSÃO DE PROFISSIONAIS NEGROS NO MUNDO DO TRABALHO

O MUNDO DA CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA CONSTRUÇÃO DE UMA SOCIEDADE MAIS JUSTA: Relações étnico raciais na Educação Infantil

O presente projeto de intervenção pedagógica na Educação Infantil se desenvolve nas possibilidades educativas da aplicação da Lei n. 10.639/03, e seus espaços de contribuições de educação étnico racial no Brasil. Através da proposta em uma escola de Educação Infantil no município de Franco da Rocha no Estado de São Paulo, que, possibilita intercorrelações entre as pedagogias e suas ações educativas na Educação Infantil, atendendo crianças nas faixas etárias de 0 à 5 anos da escola municipal. Ao observar assim as poucas discussões relacionadas a esse tema segue este Projeto como ponte em prol de uma escola democrática. Tendo entre seus objetivos contextualizar a importância de excluir práticas pedagógicas antirracistas, e suas oportunidades de reparar as humanidades através da educação. A metodologia utilizada é dividida em duas etapas: 1) uma revisão bibliográfica sobre os conceitos pedagógicos na Educação Infantil que são possíveis nessa faixa etária; 2) a metodologia participativa e propositiva com objetivo de conectar as pedagogias e suas ações interventivas. Sua base de referencial teórico se estabelece através de três autores. No primeiro momento as pedagogias engajadas da pesquisadora afro-americana Bell Hooks (HOOKS, 2013), no segundo momento pedagogias que emergem da professora brasileira Nilma Limo Gomes (GOMES, 2017) e por último a Pedagogia Decolonial do antropólogo e professor brasileiro-congolês Kabenlege Munanga (MUNANGA, 1999). Conectando três obras que possibilitam pensar nas múltiplas possibilidades educativas:1) História e Cultura Africanas e Afro-brasileira (BRASIL, 2017); 2) Brincadeiras africanas para Educação Cultural (CUNHA, 2016); 3); e Berimbau Mandou te Chamar (HETZEL, 2008). Conclui-se que esse trabalho possibilita pensar os saberes pedagógicos africanos e afro-brasileiro com valores humanos e contribuitivos para uma sociedade mais humana.… Leia mais O MUNDO DA CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA CONSTRUÇÃO DE UMA SOCIEDADE MAIS JUSTA: Relações étnico raciais na Educação Infantil

ESPAÇO CULTURAL ADEBANKÊ – A HISTÓRIA, A CULTURA E O TRABALHO DE ESCUTA FEITO POR MULHERES NEGRAS

Este projeto estuda a experiência (Benjamin) da escuta ativa/ ancestral com o objetivo apresentar a história (aqui percebida como História Oral) de um grupo de mulheres negras que atuam na periferia de São Paulo, mais precisamente na ONG/ Espaço Cultural Adebankê, localizada embaixo de um viaduto na Zona Leste de São Paulo e que promovem um trabalho cultural e de escuta ativa junto à população participante das atividades. A partir das narrativas orais, da reflexão acerca da proposta ali executada e do referencial teórico adotado foi possível observar a importância do trabalho desenvolvido e seu impacto positivo, particularmente em tempos de pandemia (2020/2022). A intervenção acordada será um projeto midiático de memória que venha a contemplar uma retrospectiva e um registro histórico da existência do Espaço Cultural Adebankê.… Leia mais ESPAÇO CULTURAL ADEBANKÊ – A HISTÓRIA, A CULTURA E O TRABALHO DE ESCUTA FEITO POR MULHERES NEGRAS

NOSOUTROS E EL MUNDO – ESCREVIVÊNCIAS MIGRANTES – Proposta de intervenção em polo de apoio da rede UniCEU

O presente trabalho apresenta a organização do curso Educação em Direitos Humanos da
Universidade Federal do ABC (UFABC). Uma proposta de Intervenção pedagógica em
um polo de apoio presencial da rede UniCEU (polo Feitiço da Vila) enquanto estive
coordenadora de polo entre os anos de 2020-2022. Durante este período percebi um
número significativo de municipes migrantes especialmente dos países latino-americanos
que procuram o Centro Educacional Unificado para formações especialmente na língua
portuguesa. Nesse sentido, foi idealizado esse projeto de intervenção no território do polo
UniCEU Feitiço da Vila, entendendo como um direito humano o acesso a cultura, a
linguagem em suas variadas formas as pessoas migrantes ou em situação de refúgio. Permitindo uma autonomia para os sujeitos que encontram barreira na comunicação.… Leia mais NOSOUTROS E EL MUNDO – ESCREVIVÊNCIAS MIGRANTES – Proposta de intervenção em polo de apoio da rede UniCEU

ESTARÁ O DIREITO À EDUCAÇÃO AMEAÇADO, DEVIDO À AUSÊNCIA DE PROFESSORES?

Como garantir que a EDUCAÇÃO continue sendo considerada como um DIREITO HUMANO, diante do número crescente de ataques aos educadores? Será que as novas gerações estão dispostas a se dedicar a uma profissão tão pouco valorizada socialmente? Será que os docentes atuais estão dispostos a continuarem a ser ofendidos e, por vezes agredidos, por diferentes representantes sociais?… Leia mais ESTARÁ O DIREITO À EDUCAÇÃO AMEAÇADO, DEVIDO À AUSÊNCIA DE PROFESSORES?

MROOCO – FÁBRICA DE SONHOS! QUANDO UM SONHO SE TORNA REALIDADE

O meu artigo versará sobre a história (idealização e construção) da Associação Cultural, Esportiva e Social Iolanda Portela- nome fantasia: MROOCO – Fábrica de Sonhos, e a importância de sua continuidade enquanto espaço de luta e resistência. Apresentarei como este local idealizado e criado pelo professor Marcondes Portela dos Santos (MRocco), para ser um espaço contra o racismo estrutural e intolerância religiosa, através da arte, educação e assistência social vem tendo sua importância para transformação de vidas através do estímulo ao senso-crítico, letramento racial e educação contra o apagamento racial. Pretendo contar sobre a idealização de um professor que resolveu utilizar a arte enquanto ferramenta política de transformação social na luta antirracista, a partir do entendimento que o racismo é estrutural. Como diz o prof. Moreira, 2020 “não se trata apenas de uma forma de violência direta, mas antes, considerando as particularidades que constitui a formação do povo brasileiro, ele se estabelece enquanto regra, a normalidade, o modo de organização da vida social”, e, assim, tem um impacto direto na vida das pessoas. Num alerta a essa “condição”, Marcondes Rocco montou um atelier social em sua residência e convidou irmãos de axé que já realizavam um trabalho contra intolerância religiosa, para compôr o grupo de trabalho da ONG e assim fundaram a Associação Cultural, Esportiva e Social Iolanda Portela (nome escolhido em Homenagem a artista plástica e rezadeira da comunidade Iolanda Portela, avó materna de Marcondes Rocco). Em 08 de maio de 2021, Marcondes Rocco faleceu em decorrência da Covid-19 mas a Associação continua na manutenção do legado com ações contundentes de fortalecimento dos vínculos sociais e comunitários, com propostas de práticas educativas realizadas no espaço da ONG e na comunidade do Conceito que vai desde o atendimento psicossocial para acolhimento de questões urgentes de sobrevivência e encaminhamentos a rede, ao fortalecimento territorial onde a população discute direitos humanos, se expressa e se fortalece na luta contra o racismo e suas consequências.… Leia mais MROOCO – FÁBRICA DE SONHOS! QUANDO UM SONHO SE TORNA REALIDADE

O FUROR COR DE ROSA, APROPRIAÇÃO DA LUTA DAS MULHERES E AS ESTRATÉGIAS DA BRANQUITUDE: O CASO BARBIE

“Assim como qualquer mercadoria, a indústria de brinquedos atende às expectativas, ou melhor, se aproxima do universo consumidor, assim, a boneca foi ganhando diversos personagens ao longo dos seus quase 65 anos.”
“Parte de nós passamos nossa infância e adolescência sob esses signos de beleza imposto, como padrão universal. Branco, alto, magro perfilavam o padrão do belo universal a ser desejado e seguido. […]”
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PELO DIREITO DE CONTAR-SE: O Marco Identitário e Ancestral como Aprendizagem na Pedagogia Griô

Este Projeto de Intervenção teve por objetivo possibilitar ressignificação de aprendizados antirracistas, consciência de si e do outro na escola, acreditando na concepção da Tradição Oral Africana como propulsora de pertencimento histórico-cultural de pessoas pretas. A metodologia utilizada se deu por meio da pesquisa-ação junto à estudantes do Ensino Médio e educadores da Rede Pública em sua formação, desde 2020 até os dias atuais, visando possibilitar que a comunidade escolar reflita sobre suas práticas, em prol de uma Educação para as Relações Étnico-Raciais. A pesquisa é exploratória e qualitativa, visando aprimorar a percepção e o entendimento dos partícipes acerca da relevância de se elaborar ações antirracistas, permeadas pela Contação de Histórias e as vivências da Pedagogia Griô, na celebração de si e de sua Ancestralidade como um marco identitário. A bibliografia estudada pretende favorecer a pesquisa sobre a Tradição Oral Africana, a construção e elaboração de aulas significativas e de um currículo que permeie histórias de vida, embasadas na Educação em Direitos Humanos, para que haja maior conscientização do público atendido frente seu papel no combate ao Racismo Institucional presente na escola. Espera-se que por meio deste Projeto se criem propostas de trabalho centrados nos saberes ancestrais, tão importantes para a constituição de sujeitos e de suas identidades.… Leia mais PELO DIREITO DE CONTAR-SE: O Marco Identitário e Ancestral como Aprendizagem na Pedagogia Griô