VISITA À CASA DO SER Minha avó costumava dizer: a palavra é de prata, o silêncio é de ouro. Só muito depois, na maturidade, vim a entender melhor o sentido profundo dessa máxima. Isso aconteceu quando li os versos que Lao Tsé escreveu seis séculos antes de Cristo: “Falam-se palavras e se apalavram falas, mas… Leia mais VISITA À CASA DO SER
Acabo de viajar pela África do século XIX, através de uma narrativa intitulada “PANDORA EN EL CONGO”. Nela, o catalão Albert Sánchez Piñol aborda o absurdo das relações entre colonizadores e colonizados, pelo viés da farsa e da fantasia. Tal absurdo faz com que o personagem-narrador comece a perder a Fé, a virtude teologal com… Leia mais SIMPATIA POR VAMPIROS
Sabe aquele aluno rebelde, contestador, para quem o professor não passava de um liberal, em termos pedagógicos, e de um reformista, em termos políticos, um retrógrado incapaz de compreender sua ânsia revolucionária? Pois é. Você o reencontra tempos depois, em plena efervescência eleitoral, mais adulto que a própria idade cronológica, agora candidato a deputado. Ele… Leia mais O JOVEM CONSERVADOR
Afonso-Baião As pálpebras cobrem os olhos como abrigos antiaéreos; nossos braços nos envolvem como muros de trincheiras; tua cabeça terá nos meus ombros o travesseiro perdido nos escombros; o sono é o bálsamo analgésico; o sonho é a bênção do oásis e do pão no deserto; a noite inabalável será seio que nos dará à… Leia mais ACALANTO DE MÃE CORAGEM
Afonso Guerra-Baião Daniel Barenboim é um pianista e maestro judeu, militante pela paz no oriente médio, pelo caminho da compreensão e da não violência. Ele criou em 2004, junto com Edward Said, intelectual palestino, uma orquestra de jovens israelenses e palestinos. Transcrevo a seguir um artigo de Barenboim publicado no jornal inglês The Guardian em… Leia mais A QUESTÃO PALESTINA
Setembro é o mês da primavera e o meu mês, mas é também o período do ano em que, simbolicamente, se acende o sinal amarelo do alerta contra o suicídio. … Leia mais SINAIS DE SETEMBRO
Afonso Guerra nos traz um belo poema sobre a imaginação infantil.… Leia mais REVELAÇÃO DO PÁSSARO
Foi como ficcionista que Guimarães Rosa cristalizou o inconfundível ludismo de seus lances no jogo com a linguagem. Mas foi com um livro de poesia, “Magma”, que ele ganhou, em 1936, o prêmio da Academia Brasileira de Letras. Este livro, no entanto, só foi publicado em 1997, trinta anos após a morte do autor, que… Leia mais NATAL COM ROSA
No século XIII, o imperador mongol Kublai Khan, neto de Gengis Khan, sonhou um palácio, desde a planta baixa até as formas da construção e os detalhes de seu acabamento. Ao acordar, descreveu a seus arquitetos o projeto sonhado, ordenou que o realizassem e assim foi feito.Cinco séculos depois, o poeta inglês Samuel Taylor Coleridge,… Leia mais O CASTELO E O POEMA
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