Walmir Fernandes Pereira
Esta pesquisa tem como tema a Alfabetização e Multiletramentos que dialoga com o contexto no qual estamos inseridos nas escolas brasileiras. Objetiva-se enfatizar que estamos imersos em mundo cada mais globalizado, digital e imagético e por isso, muitas questões suscitam para entendermos o processo de ensino da leitura e da escrita. Sendo assim, a missão do professor alfabetizador é ensinar a ler e escrever, fazendo uso de multimodalidades de recursos textuais, impressos e principalmente, digitais dentro de suas práticas pedagógicas.

Para SOARES (2004), é preciso definir bem o conceito de alfabetização e letramento, percebendo que um difere do outro, porém, são interdependentes e indissociáveis.
Como bem menciona pela autora, o professor alfabetizador precisa claramente entender os conceitos de alfabetização e letramento e saber diferenciá-los dentro de suas práticas pedagógicas, pois assim conseguirá desenvolver um trabalho que traga contribuições significativas para seus alunos.

Dentro deste entendimento, o professor alfabetizador lida com recursos e ferramentas diferenciadas em suas aulas para auxiliar em um trabalho que esteja muito associado a vida cotidiana de seus alunos, como por exemplo, o uso de diferentes textos que têm como suporte os dispositivos tecnológicos e digitais.

Sendo assim ROJO (2009) afirma que novos tempos pedem novos letramentos; essa afirmativa nos possibilita pensar se a escola brasileira atual está inserida na era tecnológica em que o mundo vive, ou se continua presa ao ensino tradicional.
Dentro desta perspectiva trazida pela autora, pode-se pensar e repensar métodos e recursos utilizados em ambientes alfabetizadores, nas salas de aulas, que está sendo construído nas escolas do estado do Rio de Janeiro e do próprio Brasil.
Cabe, no entanto, entender o que este texto propõe que é a utilização de práticas de multiletramento na formação de alfabetizadores que de acordo com ROJO (2012) os multiletramentos se pautam na interatividade, fraturam as relações de poder, são “híbridos”, ou seja, de linguagens, modos, mídias e culturas diversas. Por isso, torna-se possível que o processo de produção textual se integre a mais maneiras de criar. Diante deste exposto, pode-se analisar este curso de pós-graduação que faz uso do multiletramento para promover a formação de professores, coordenadores pedagógicos e outros atores envolvidos com o processo de Alfabetização e letramento permitindo a eles o contato com diferentes textos multimodais ou multissemióticos, pois é incorporado no ambiente de estudo deste curso: a leitura e (re) produção de imagens e fotos, diagramas, gráficos e infográficos, vídeos, áudio etc.
Portanto, o que este texto vem propor e discutir é que a formação de alfabetizadores brasileiros precisa estar atenta às demandas da atualidade, deste mundo digital e tecnológico que faz uso de textos multidomodais e multissemióticos o tempo inteiro destacando que este curso de formação continuada traz, de fato, uma proposta inovadora que insere o docente em um contexto no qual ele vai trabalhar com seus alunos.
Referências Bibliográficas
SOARES, Magda. Alfabetização e Letramento: caminhos e descaminhos. Revista Pátio, Artmed Editora, São Paulo, 29 de fevereiro de 2004. Disponível em: https://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/40142/1/01d16t07.pdf. Acesso em: 10 jun. 2022.
______. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2004. ROJO, Roxane. Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola, 2012.
______. ENTRE PLATAFORMAS, ODAS E PROTÓTIPOS: NOVOS MULTILETRAMENTOS EM TEMPOS DE WEB2. São Paulo: The Especialist, 2017.
