
Vocês lembram da Dona Olinda? Aquela que fez aniversário bem no dia do jogo do Brasil? Isso mesmo, aquela que atirou o tamanco na cabeça do neto. Pois bem. Dona Olinda resolveu que queria fazer uma festa de confraternização com as irmãs da igreja. Ela arrumou tudo: o local, os quitutes; agora só faltava a música.
Como praticamente todas participavam do coral, ela queria um instrumento que tocasse as melodias para que as mulheres pudessem acompanhar cantando. Fredi Jon mandou vários vídeos dos instrumentos disponíveis e, sem titubear, Dona Olinda escolheu o sax. Ela disse que gostaria que o músico tocasse hinos, já que a mulher do pastor estaria presente. Tudo ficou combinado e, na data marcada, nosso saxofonista seguiu para o local.
Não sei se vocês conhecem esse instrumento, mas o sax é pesado, pessoal. Por conta disso, o saxofonista usa uma correia no pescoço para dar mais conforto e praticidade. Pois então, durante o percurso, o músico percebeu que havia esquecido a bendita correia em casa. Daí bateu o desespero! Não dava tempo de voltar, e também não tinha nenhuma loja de instrumentos perto da igreja. Que remédio! O jeito foi improvisar!

O saxofonista entrou em um pet shop e foi direto para a seção de coleiras. O vendedor solícito perguntou:
- Qual o tamanho do cachorro?
- Não, não é para cachorro, não, moço, é para mim mesmo.
Imaginem a cara do moço, pessoal! Ele ficou vermelho, roxo, azul, mas não perdeu o rebolado e começou a mostrar as coleiras disponíveis, enquanto o nosso saxofonista explicava que havia esquecido a correia em casa e que uma coleira canina poderia dar muito certo. Acredita que o garoto até respirou aliviado? O que será que ele tinha pensado, pessoal?
Bom, com sua “coleira”, opa, correia adaptada, nosso músico chegou à igreja. Dona Olinda, animadíssima, já foi levando o moço para o salão e bora começar o evento. As irmãs soltaram a voz: era hino pra lá, glória a Deus pra cá, até que a mulher do pastor chegou perto do músico e disse que já estava bom de hino e que era para tocar músicas animadas agora. Assim foi feito.
A mulherada se soltou, gente! Uma gritaria, todo mundo dançando. Foi aí que Dona Olinda resolveu soltar a franga e gritou: – Vamos fazer um trenzinhooooo! A mulher grudou na cintura do saxofonista, que foi levado para o meio do salão.
Imagina se elas soubessem da história da coleira? Elas iriam gritar: – Vai cachorrão!!!!!!!!
Texto – Fernanda Morena. Outras histórias você encontra no MINUTO Serenata disponível no site: serenataecia.com.br e no YouTube

Pausa para um Quadrinho

